sábado, 4 de setembro de 2010

vem comigo.


Vem comigo, senta-te a meu lado e fala comigo… A tua voz faz-me lembrar aqueles momentos em que não tínhamos distancia entre nós, nada nos separava e nada nos tornava vulneráveis quando estávamos um com o outro…
Era só eu e tu, éramos só nós!
Éramos só nós sentados naquele chão, naquele espaço! Naquele espaço onde ninguém nos criticava, e onde mais ninguém existia… Éramos somente nós e o nosso amor. Éramos só nós de um toque de campainha até ao outro toque que se ouvia naquele espaço enorme…
Preenchíamos esse espaço com tudo o que éramos, com tudo o que fomos e com tudo o que sonhávamos ser e que nunca fomos. Nunca fomos um sempre duradouro, nunca fomos um eu e tu juntos eternamente.
O nosso sempre foi escasso, foi curto, foi pouco…
Não foi um ‘Não valeu nada!’, foi um ‘afinal, sempre valeu a pena!’ . Valeu a pena ter chorado, valeu a pena ter acabado, valeu a pena ter sofrido…!
Sim, valeu a pena!
Valeu a pena tudo o que passámos e o que não passámos! Mas tudo deixou de acontecer, tudo acabou por acabar!
Mas hoje, agora, vem comigo!
Vou-te levar a minha casa, mostrar-te o que construí com outra pessoa. Vou-te mostrar a minha casa, a minha família e a minha vida. Vou-te mostrar o que vivi quando não estaávas presente.
Vou-te levar ao meu presente e explicar-te que o passado valeu a pena. Um passado ao qual tu pertences-te e que eu venero.
Anda, vem comigo, fica por perto. Mas não te aproximes demasiado, só o suficiente. Mas agora vem, vem comigo até ao fim que já acabou!

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