segunda-feira, 9 de agosto de 2010
amo-te. não te sei dizer porquê. nem porque não. mas sei, sinto, que te amo. que gosto de ti. não gosto de ti pelo teu corpo. nem pelos teus cabelos. nem pelos teus olhos. gosto de ti porque gosto de ti. gosto de ti, e não o sei explicar. gosto de ti pelo conforto que me dás. gosto de ti quando me abraças. gosto de ti quando chove ou quando o sol brilha. gosto de ti quando estás perto de mim. mas também gosto de ti quando estás longe. vou continuar a gostar de ti quando gostar de outro. vou continuar a amar-te quando muitos anos passarem. vou continuar a lembrar-me dos teus braços e abraços, do teu riso e sorriso quando estiver nos braços de outro que me diz que me ama. vou continuar a amar-te assim sem explicação mesmo tu não o sabendo. vou continuar neste caminho onde tu estás ao meu lado, mas à distância, à distância de um abraço apertado daqueles que duram uma eternidade, daqueles que nos lembramos quando muitos anos passarem. e, nessa altura, irei ter contigo e dir-te-ei que te amo, mesmo já quando os meus olhos pouco virem, mesmo já quando a minha pele estiver enrugada, mesmo quando já não me lembrar do resto. quando isso acontecer, vou lembrar-me de ti, e vou dizer-te que gosto de ti, e isso irá fazer-me feliz, pelo menos mais uma vez. há coisas que não se apagam, e que ficam. para sempre. mesmo que não tenham explicação. gosto muito de ti. um dia saberás isso, um dia. um dia quando acordares e sentires o cheiro da manhã e o cheiro das flores no primeiro dia de uma primavera que há de chegar.
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