quinta-feira, 14 de abril de 2011


«Há algo em ti que me fascina, me chama, me provoca, me altera. Há alguma coisa em ti que é exactamente o que eu procuro, o que eu desejo, o que eu preciso. Tu não és perfeito, não tens as medidas perfeitas, não tens um tom de pele maravilhoso, e nem sequer usas bem as palavras, mas és tão TU em todas as situações dos teus dias, que me cativas. Eu não sei, juro que não sei. Não sei se são os olhos doces e meigos, não sei se é o sorriso malandro, os caracóis perfeitos, o feitio difícil, ou essas mãos que sabem exactamente o que fazer, mas há algo que me prende a ti. Sempre prendeu. E sempre foi incontrolável.
Nunca havemos de namorar, nunca havemos de passear de mãos dadas, nem havemos de sussurrar juras de amor um ao outro. Nunca te vou escrever cartas de amor, e tu nunca vais desejar ler nenhuma. Nada disto. Nunca. Mas ainda temos tanta coisa para passar juntos. Os nossos cheiros hão de se confundir mais vezes, os teus lábios hão de tocar os meus outra vez, eu vou levar-te ao céu sem que tires os pés do chão. O nosso destino ainda se vai cruzar inúmeras vezes. Sempre apostaste nisto. E hoje sei que tens razão. Eu e tu ainda vamos partilhar a mesma cama, ainda vou desejar o teu toque suave, ainda vais delirar cada vez que eu te morder os lábios e te piscar o olho. E ambos sabemos perfeitamente que isto não é amor, mas arrisco-me a dizer que sabe melhor que isso.
Ao menos não dói.»

(autor desconhecido)

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