sexta-feira, 15 de abril de 2011

super-heróis


«Os super-heróis existem? Não? Sim? Apenas na imaginação? Nos filmes? Quadrinhos? No ar? Os super-heróis tem poderes? Eles voam? Lutam? Transmitem ondas sonoras ou têm cordas encantadas? Têm visão a laser ou super força? O que vestem? Capa? Cueca em cima da roupa? Biquínis estilosos? Botas até os joelhos? Do que tem medo? Criptonita? Medo de ladrão? De um viralata com raiva? Da comida nojenta da sogra? Medo de amar para não por em risco a vida do outro? E o que querem? Alguém? Uma família? Serem normais? Uma fantasia mais interessante? Sofrer e rir com os humanos normais? Troféus? Uma estátua sua no centro da praça da cidade? Cartazes com seu nome? Fila de fãs querendo autógrafos? Pena que não conseguem o que querem. Então porque nos salvam? Porque se arriscam tanto? Porque as vezes vão até para o hospital? E porque lutam na chance de sua fantasia se rasgar, precisando então, pagar uma costureira? Porque? O que ganham com tanto risco? O que ganham estando no meio de sofrimento e brigas? Porque se sujeitam a adquirir inimigos? Porque? Aplausos não garantem sucesso no salvamento de amanhã. Por causa de desentendimento não podem amar. Não podem construir uma família e lutar para seu ganha-pão. Pois, durante o expediente alguém pode pedir ajuda, e então seriam demitidos. Não podem andar naturalmente na rua. Não podem revelar sua identidade. São "pessoas" completamente escondidas atrás de uma máscara por causa dos outros!? Quanta bondade. A felicidade dos super-heróis está em ver tudo em ordem e as pessoas felizes. Sem tanto reconhecimento. Sem indicações a presidente dos Estados Unidos, ao Oscar ou ao Prêmio Nobel. Tudo tão simples, singelo, doce, humilde...
Não é à toa que são chamados de super.»

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